segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Redes Sociais

            O desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação trouxe modificações e muitos progressos em diversas áreas. A interação entre as pessoas, seus relacionamentos, a forma como obtém as informações e conhecimentos de seu interesse passaram a acontecer por meio da internet. Grandes exemplos são os webmuseus, os bancos de imagens, repositórios de vídeos, jornais digitais, blogs e, claro, as redes sociais. Atualmente chamadas de redes digitais, são as responsáveis pela conexão das pessoas ao redor de todas estas mídias. Segundo Amaral ([200-?]), falar de organizações que se articulam em forma de rede, é tratar dos elementos que as formam, ponto a ponto, a partir de conexões, entre as pessoas e instituições. Podemos citá-las como

[...] a manifestação cultural, a tradução em padrão organizacional, de uma nova forma de conhecer, pensar e fazer política. Inspiradas no pensamento sistêmico, as redes dão surgimento a novos valores, novos pensamentos, novas atitudes: um novo balanço nas relações entre a tendência auto-afirmativa e competitiva predominante hoje e a integrativa e colaborativa, que muitos vêem como a tônica das sociedades do futuro. (AMARAL, 200-?, p. 2)

         Com base no conceito de inteligência coletiva, disseminado com a web 2.0, elas poderiam “[...] não apenas resolver problemas em conjunto, em grupo, coletivamente, mas igualmente trabalhar em função de um indivíduo, do seu benefício.” (COSTA, 2005, p. 245) Deste modo, a interação entre as pessoas se torna mais intensa, de um modo diferente do que poucas décadas atrás. Ocorrem trocas de experiências, sentimentos e opiniões sem que se busque por isso. É possível interagir com alguém que esteja muito distante como se interage com quem está ao lado, em tempo real, além de conhecer novas pessoas, que buscam os mesmos objetivos, possuem os mesmos gostos e interesses. Adquirimos informações de forma eficiente, visualizando mídias e participando de conversas e comunidades. Pierre Lévy (2002) defende esta participação como estímulo à formação das inteligências coletivas. Assim, os indivíduos recorrem para trocar, obter informações neste mecanismo que, além de funcionar como um sistema de busca filtrando o excesso de informações, amplia nosso conhecimento cultural.

Uma rede de pessoas interessadas pelos mesmos temas é não só mais eficiente do que qualquer mecanismo de busca, [...] mas, sobretudo, do que a intermediação cultural tradicional, que sempre filtra demais, sem conhecer no detalhe as situações e necessidades de cada um. (LÉVY, 2002, p.101 apud COSTA, 2005, p. 246)

            Pode-se afirmar, então, que uma comunidade virtual organizada “[...] representa uma importante riqueza em termos de conhecimento distribuído, de capacidade de ação e de potência cooperativa.” (COSTA, 2005, p. 246) E do mesmo jeito funciona para os profissionais da informação. Isto, porque, além de ser uma forma de conhecer novas pessoas e adquirir novos conhecimentos para a vida pessoal, trata-se de uma ferramenta muito interessante para os meios profissionais também. Inúmeras empresas estão lidando com as redes sociais, inserindo-se nesta rede, contratando profissionais especialmente para este serviço, para que se mantenham conectadas com outras empresas e outros profissionais. Assim, se encaixa perfeitamente no trabalho do bibliotecário, tanto para estar em contato com outras instituições, trocar informações ou divulgar seu acervo e atividades realizadas.
           
            A título de curiosidade, uma lista de 2009, das 10 redes sociais mais acessadas no mundo, com números de visualizações por mês, segundo o site Lista10:

. Facebook – 1.191.373.339
2º. MySpace – 810.153.536
3º.
Twitter – 54.218.731
4º.
Flixster – 53.389.974
5º.
Linkedin – 42.744.438
6º.
Tagged – 39.630.927
7º.
Classmates – 35.219.210
8º.
My Year Book – 33.121.821
9º.
Live Journal – 25.221.354
10º.
Imeem – 22.993.608



Referências

AMARAL, V. Redes: uma nova forma de atuar. [S.l: s.n.], [200-?]. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=186827>. Acesso em: 21 nov. 2011.

AZAMOR, T. As 10 maiores redes sociais do mundo. Site. Disponível em: <http://lista10.org/tech-web/as-10-maiores-redes-sociais-do-mundo/>. Acesso em: 21 nov. 2011.

COSTA, R. da. Por uma novo conceito de comunidade: redes sociais, comunidades pessoais, inteligência coletiva. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, São Paulo, v. 9, n. 17, p. 235-248, mar./ago. 2005. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=186826>. Acesso em: 21 nov. 2011.

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